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11/04/2024
Vencendo o medo de dirigir com ajuda de um co-terapeuta instrutor de autoescola
O medo é um sentimento de forte inquietação diante de um perigo real e imaginário. Na realidade, funciona como uma capa protetora diante das ameaças do meio externo. No entanto, em excesso, aprisiona a pessoa, incapacitando-a para certos momentos da vida que necessitam atenção. A definição serve tanto para explicar desde Síndrome do Pânico a uma fobia considerada, por muitos, pertencente a um nível menor. Estamos falando do medo de dirigir.
Estudos mostram que os maiores índices de pessoas que sofrem do medo de dirigir possuem carteira de habilitação há bastante tempo, mas na hora de encarar o volante apresentam sintomas como tremores, taquicardia, suor excessivo, falta de ar, dormência nas pernas e até boca seca
Os fatores que levam ao pavor do volante são muitos, dentre eles, acidentes graves ou mesmo leves. Mas, segundo a psicóloga Cecília Bellina, os que mais sofrem com o medo de dirigir são os perfeccionistas porque, geralmente, têm medo de se expor à crítica de outras pessoas.
- Essas pessoas exigem demais de si mesmas - diz, acrescentando que a má aprendizagem também influencia na fobia de dirigir.
A fobia é superada com enfrentamento e, para isso, existem atendimentos clínicos especializados no problema em diversas cidades do país. Um deles, é a Clínica Escola Cecília Bellina, criada em 1997 para tentar ajudar os medrosos ao volante. A psicóloga conta que o perfil de seus clientes é 85% de mulheres com idade entre 30 e 45 anos, formação superior e profissão bem definida.
- A mulher encara o carro como um meio prático de transporte e passa por outras etapas, que considera mais importantes na vida, antes de perceber que tem necessidade de usá-lo. Já o homem vê o carro como um objeto do prazer - afirma, explicando o porquê de a faixa etária das mulheres ser acima de 30 anos.
O psicólogo Paulo Barreto de Faria, do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Medo (Nepem), em São Paulo, dá algumas recomendações para quem deseja enfrentar esse medo. A primeira, é admitir diante dos outros e de si próprio, "a parte mais difícil"; não sentir vergonha do medo; nunca desistir e não ver o carr