
02/02/2024
Quero começar esse texto agradecendo, primeiro a Yemanjá que é dona do dia e que me fez estar onde eu estou hoje e eu sou muito grata por isso. Segundo agradecer a mim, por me permitir não ter medo e seguir meu próprio caminho, mesmo com todos os tropeços. Agradecer também a você, que vai ler este até o final e que vai gostar ou não, mas que vai ler, acho importante me entregar nesses textos e mesmo saindo dos padrões da rede social, eu escrevo e posto mesmo, porque às vezes o que falta é um bom texto para nos permitir fazer uma boa leitura, mas talvez esse texto nem seja tão bom assim, então escolhe logo, se vai ou se f**a.
Era 2 de fevereiro de 2020, nós (Eu, Nany e Flor de Iná rs') estávamos na praia curtindo um dia em Itapebussus ali na primeira lagoa mesmo e curiosamente o mar estava calmo, tranquilo, dava para entrar ali na parte que costuma estar muito agitada.
Era um momento de decisão de nome da marca de bebidas naturais, sucos, drinks, geladinho, diretos da fruta, essa marca que estava nascendo ali naquele início de ano de um momento onde a gente precisava sobreviver e o empreendedorismo (principalmente o negro) ele vem muito desses momentos, de renascimento, de refúgio de um emprego ou de um não consigo um emprego, então vou aqui vender algo para tentar viver, para além de sobreviver.
E bem nesse momento, da gente pedindo essas bençãos de Yemonjá, agradecendo por tudo que vivemos até ali, na beira da praia, que veio uma voz e me falou baixinho Inayê e meus olhos se fecharam e eu imaginei o nome escrito bem assim mesmo. I N A Y Ê.
E as meninas toparam, simplesmente falaram sim, dai começamos os trabalhos, vendemos pela primeira vez no 8M de Rio das Ostras.
Corta para hoje 2 de fevereiro de 2024, após viver tantas coisas, a 1.ª Feijoada de São Jorge, de viver a barraca 23 da feira do Mariléia, de viver o Barzin da Inayê bem de frente pro cemitério da Boca da Barra, de viver o luto, de viver a luta e até o breve esquecimento de que eu tenho uma marca, um CNPJ.
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