03/01/2024
Que 2024 seja um ano repleto de momentos de alegria e muitas realizações!! Tim Tim!! 🥂
Em Petrópolis/RJ desde 1845, mantemos viva a tradição familiar de produzir vinhos, licores, geleias entre outros produtos artesanais. D. Atualmente o Sr.
Petrópolis, RJ
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No mês de junho do ano de 1845, aquando da chegada dos colonos na cidade de Petrópolis, à época ainda chamada como Fazenda do Córrego Seco, logo ficou clara sua vocação não somente agrícola mas principalmente artesanal e comercial. Nos anos 1850, sete anos após ser fundada a cidade, o comércio local era equiparado ao comércio encontrado em pequenas vilas do interior do estado do Rio de Janeiro. As padarias, as boticas, as joalherias e a hotelaria delineavam uma cidade ainda incipiente, mas que pouco a pouco foi crescendo e ganhando destaque na região serrana, como obtiveram sucesso com as produções artesanais de queijos, manteiga e laticínios em geral, bem como de vinhos e licores, e, mais recentemente, cervejas artesanais.
Junto destes colonos germânicos dotados de artífices, chegou a Petrópolis o alemão Peter Maiworm, um agricultor e enfermeiro de grande experiência que se tornou muito conhecido na recém formada colônia de Petrópolis por possuir um espírito solidário, atendendo quem o vinha procurar em sua casa gratuitamente, utilizando nas curas as ervas que ele próprio plantava em seu terreno. Certa vez, o senhor Frederico Eppeishemer, fundador da 1º cervejaria de Petrópolis, por um problema de saúde recorreu ao colono, e semanas depois, estava completamente restabelecido. Discutiu-se o caso até a corte do Imperador onde um empregado fiel da coroa, há muitos meses estava adoentado. Petter deu seus conselhos e remédios caseiros e o funcionário em pouco tempo recuperou a saúde.
D. Pedro II não quis deixar sem recompensa a caridade do bom colono, oferecendo-lhe uma quantia em ouro, porém o mesmo não aceitou, tendo então, recebido do Imperador um lote rural no Quarteirão Westfalen (ou Wetstfália), hoje conhecido como Quarteirão Brasileiro o qual ainda hoje é patrimônio de seus descendentes.
A família Maiworm, ainda no ano de 2019, mantém diversas tradições, saberes e fazeres de sua cultura originária perpassados ao longo das gerações, de pai para filho, e agora já em sua quinta geração. Em sua casa no bairro Quarteirão Brasileiro, à Rua José Maiworm número 139, está localizada hoje a produção caseira conhecida como Vinhos e Licores Maiworm,que ainda mantém as mesmas receitas e práticas de produção que eram utilizadas na Alemanha. Os descendentes de Peter Maiworm produzem compotas, geleias, vinagres aromáticos, bagaceira, licores, conhaques, vinhos , cervejas artesanais e outros tantos produtos de complexa feitura artesanal.