27/05/2024
Se os portugueses são os maiores consumidores de vinho per capita com 67,5 litros, equivalente a 90 garrafas de 750 ml, por ano, os italianos têm sido os principais produtores da bebida em 2022 e também nos quatro anos anteriores, segundo levantamento da Organização Internacional do Vinho.
No ano passado, a Itália elaborou 49,8 milhões de hectolitros, o que representa 19,3% da produção mundial. Seguem França e Espanha com respectivamente 45,6 milhões de hectolitros e 35,7 milhões, equivalentes a 17,7% e 13,8% do volume global.
Os três países contam com uma produção estável ano após ano e em 2022 foram responsáveis, juntos, por 51% da produção mundial de vinho. Portugal, cujo vinho é muito apreciado por aqui, aparece em 10º lugar na lista dos maiores produtores com 6,8 milhões de hectolitros, isto é, 2,6% do total.
Já na América do Sul, Chile e Argentina, que produzem volumes de bebida muito parecidos, disputam todo o ano o cetro de principal produtor. Nas últimas duas safras, os chilenos se saíram vitoriosos e registraram 12,4 milhões de hectolitros, ante 11,5 milhões dos vizinhos.
Apesar de as vinícolas dos dois países terem enfrentado condições climáticas adversas que prejudicaram a última safra, os dois países contribuem juntos para pouco mais que 9% da produção mundial.
Neste ranking, o Brasil ocupa o 15º lugar com 3,2 milhões de hectolitros de vinho produzido no ano passado, equivalente a 1,2% do volume total. A produção nacional cresceu 14% nas últimas cinco safras, assim como a área de vinhedos plantados que também aumentou em 2022, após oito anos de encolhimento: o total alcança atualmente 81 milhões de hectares.
No ano passado, a Espanha se confirmou novamente como líder disparada em superfície cultivada, com 955 mil hectares de vinhedos, 13% do total mundial. A seguir, França, China e Itália, com percentuais que oscilam entre 10% e 11%. Já Argentina e Chile somam, cada um, cerca de 3% dos vinhedos globais.
No mundo, a superfície total cultivada para a produção de uva é estimada em 7,3 milhões de hectares, número bastante estável ao longo dos anos. O dado leva em conta parreirais para todas as finalidades: vinho, suco, uva de mesa, uva passa e vinhas jovens ainda improdutivas.
A estabilidade, porém, esconde uma evolução heterogênea. Em particular, o ano passado viu uma redução de áreas plantadas em países como Estados Unidos, Espanha e Argentina, compensadas pela expansão em França, Brasil e Rússia, em comparação com 2021.