20/10/2019
BUGATTI REVELA O DIVO, NOVO HIPERCARRO DE 1.500 CV LIMITADO A 40 UNIDADES
O nome em português sugere algo divino, poderoso, e o Bugatti Divo é mesmo diferenciado. O novo hipercarro da marca francesa estreou esta semana no famoso festival de Pebble Beach, em Monterey, na California, que reúne anualmente clássicos raros e serve de palco para a apresentação de esportivos de luxo. É o caso do velocista, que é derivado do Chiron (o sucessor do Veyron), mas exibe design próprio e teve foco específico na aerodinâmica. Seu chassi e a carroceria foram modificados para entregar exímia aderência em curvas.
Segundo a Bugatti, o Divo é 35 kg mais leve que o Chiron e produz 456 kg de pressão negativa (downforce) — 90 kg a mais que o progenitor. Este, no entanto, é apenas um dos atributos do novato da marca. Na dianteira, por exemplo, há várias entradas que formam cortinas de ar para refrigerar pneus e discos de freio, além de atuarem para reduzir o arrasto aerodinâmico. Mesmo papel têm as enormes saias nos para-choques e nas laterais, e o aerofólio ativo na traseira, que é 23% mais largo que o do Chiron.
Outra modificação interessante é o túnel desenhado no teto, que torna o fluxo de ar muito mais forte, para ajudar na refrigeração do gigantesco motor 8.0 W16 a gasolina, que é o mesmo do Chiron, sobrealimentado com quatro turbocompressores e capaz de desenvolver 1.500 cv de potência e um torque colossal de 163,1 kgfm a 2.000 giros. A maior pressão aerodinâmica acabou por reduzir a velocidade máxima, que chega a 380 km/h — o Chiron segue como o Bugatti mais rápido, com máxima de estonteantes 420 km/h.
Com as alterações, o Divo alcança 1,6 G de aceleração lateral, valor 60% acima da gravidade. A montadora não revelou o tempo da tomada de zero a 100 km/h, que é feita em 2,5 segundos pelo Chiron. Entretanto, segundo a Bugatti, o novo hipercarro é capaz de completar o circuito de Nardò, na Itália, oito segundos à frente do "irmão". Além disso, a marca garante que, a despeito do parentesco, "a experiência de condução é claramente distinta em traçados sinuosos".
O nome escolhido é uma homenagem ao piloto francês Albert Divo, que venceu por duas vezes a clássica prova Targa Florio, na Sicília, na década de 1920. A exemplo do que é feito com muitos hipercarros, a produção do novo Bugatti será restrita. Apenas 40 unidades serão montadas, e todas já foram reservadas. O mais impressionante, contudo, é o valor de cada exemplar do modelo: 5 milhões de euros, o equivalente (cotação do dia, sem impostos). Uma fortuna